quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Religião, reflexo na formação social

Alguém já parou para pensar em como seria a realidade humana sem dogmas e religiões? Seriamos mais humanos, talvez. Ou talvez fossemos pior do que realmente somos hoje.
Uma pergunta difícil de responder, e mais difícil ainda de imaginar a possibilidade.
Há pessoas que “enfartariam” só em pensar em um mundo sem seu “deus”. E acreditam que se as coisas estão ruins com “deus”, pior ficaria sem ele. Tendo uma crença imortal de que a religião é a ordem para o caos em que vivemos.
Pois bem, como nossa realidade seria sem dogmas e religiões, nenhum de nós poderá jamais afirma respostas para tal pergunta. Mas, há algo que nenhum dogmático, ateu ou gnóstico poderá negar: a natureza do homem é boa e má. Antes mesmo de o homem criar qualquer teoria do divino, o homem já matava, fosse por defesa própria e da tribo, fosse para roubar alimento ou ocupar território, ou qualquer outro motivo que fosse. Essas coisas aconteciam sem que houvesse um “espectro” divino e surreal pairando sobre tais atos.
A realidade é que não aceitamos nossa natureza ambígua e não sabemos controlar esse dualismo que está de fato em nós. Pior, não podemos mostrar como realmente queríamos ser, pois a sociedade nos impõe regras do que é certo para nós e o que é bom ou não.  Limites morais são impostos para nós pelas religiões que praticamos e até mesmo os que não praticam seguem a “moral” religiosa tida como correta. Interferiu-se na ordem natural de como as coisas são com conceitos de moral que muitas vezes ultrapassam os limites do que podemos chamar de razão. Com isso logo surge um controle em massa e uma alienação imensurável. Alguns filosofos como Rosseau criticou os efeitos negativos da religião na sociedade, sobretudo o fanatismo e a intolerância.
Com essa forma de controle, por que não dizer que a religião é uma forma de governo? Afinal, assim como as formas de governo, as religiões nos impõem leis nos dizendo o que devemos ou não fazer, como devemos ser ou não ser. A real diferença entre forma de religião e governo é que; enquanto o governo nos promete melhorias aqui na Terra, as religiões nos prometem melhorias em um plano além do que vivemos, ou seja, depois que morremos.  Portanto, na dúvida de termos ou não uma vida melhor depois de morrermos, é melhor garantir uma boa vida enquanto vivos. E como disse Dan Brown em seu livro O Símbolo Perdido:Abandonem a busca por Deus... em vez disso, procure por ele tomando a si mesmo como ponto de partida.”
Contudo, temos hoje liberdade de voto e também temos liberdade de credo, portanto devemos escolher bem ambos, pois ambos ditam o rumo em que a sociedade irá seguir, ambos ditam nossa forma de viver e ser. E não há como esconder-se dos “espectros” religiosos e governamentais que pairam sobre toda e qualquer sociedade. Assim sendo, vamos escolher bem nossos representantes do governo e igualmente fazer uma boa escolhe com relação aos dogmas que iremos tomar como verdade, pois nossas atitudes e escolha são refletidas na sociedade.














(Massacre de São Bartolomeu, por François Dubois)



                                                                                                                     Priscila Costa Matias

Um comentário:

  1. Priscila
    Bem interessante o tema e um tanto polêmico, o artigo propõe isto um novo olhar acerca de um tema, portanto devemos ser autores daquilo que nós mesmos acreditamos ou nos inquietamos. Continue escrevendo.
    Um abraço!
    Professora Ecia Mônica

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