quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Educando na Anarquia

Educando na Anarquia

Fagner Irbson Bezerra Bernardo

É possível estruturar e fazer da escola um espaço de convivência, que privilegie as relações de diálogo, de prazer, de investigação na construção coletiva do conhecimento e na formação de sujeitos singulares, princípios estratégicos para o desenvolvimento do autogoverno, da autogestão, enfim, da tão propalada e desejada autonomia só precisamos de uma educação anarquista se educamos o ser humano em liberdade, ele desejará ser livre, se vive em solidariedade desejará ser solidário, se vive em justiça, desejará ser justo e se vive em igualdade, desejará ser igualitário.
No mundo da infância e da juventude devemos os educadores da anarquia, ser conscientes de várias realidades que hoje em dia devem ter prioridade, embora não possamos afirmar que sejam verdades absolutas, e sim razão necessárias para este momento e esta sociedade devera analisar as dinâmicas educativas diariamente, tanto no que se refere às crianças como aos educadores, já que o progresso, a mudança e o avanço para novas formas de vida deve ser realidade para todas as pessoas que vivem tratando de encontrar a forma de implantar uma sociedade baseada em uma ética da anarquia e em um direito natural. O educar na anarquia nada mais séria que uma amostra que serve para demonstrar que existem formas de vida melhor e mais satisfatória para o ser humano e por isso, factíveis de serem reproduzidas em níveis maiores, tendo em conta que a forma de inseri-las na expansão geral não é de maneira majoritária, e sim através de pequenas células vivenciais que se vão infiltrando na sociedade e vão rompendo-lhe as estruturas conservadoras. Se a escola da anarquia quer educar na ética anarquista, deve-se eliminar de sua dinâmica todo o ato de desigualdade possível deve negar que as pessoas que ali vivem tenham vantagens diferentes das do resto.
A anarquia sou eu e tu e, sobretudo nós todos. Porque todos somos educados na dupla vertente de auto e de distinta educação. Devemos abandonar a idéia de uma hipotética revolução popular espontânea e a idéia de que a escola como instituição pode menosprezar a forma de vida estabelecida. Temos que pensar o que somos como somos o que nos ata e delimita pensar também em assumir a verdade que nos assiste a real, a humana, a limitada e medíocre, e quando tivermos aceitado nossa própria intimidade, começar a viver a partir do que somos até o que desejamos ser e essa dinâmica transmitir como única forma de realidade e sempre atuar com liberdade e com posse em si mesmo.



Referência: Reich, W. La Revolucion Sexual. Editora Ruedo Ibérica, 3° edição, 1978, p.274.

Um comentário:

  1. Fagner
    Boa pesquisa, me resta saber o que é pessoal, e o seu olhar sobre o tema que não ficou claro, a pesquisa confunde-se com a sua idéia. Continue escrevendo.
    Um abraço!
    Professora Eca Mônica

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