Geração Twitter

Cledson Sercundo de Lima

Geração Twitter

             Década de 60, Regime Militar, o Brasil era amordaçado pela censura, mesmo assim os músicos e estudantes conseguiam driblar tal adversidade. O Regime ruiu, com isso era necessário eleger um novo presidente, mas a forma de escolha não podia ser a mesma, tinha que ser de um modo mais direto, e lá estavam os músicos e jovens estudantes apoiando o movimento Diretas já! Onde milhares de pessoas foram às ruas das grandes cidades a fim de eleger seu presidente diretamente. Em 1992 o governo de Collor caiu com o movimento dos caras-pintadas, pois o país estava mergulhado em crises e escândalos políticos.
                Os movimentos geralmente regidos por jovens e músicos no país sempre foi de suma importância revolucionária. Quando o país necessitava de alguns “ajustes” lá estavam os jovens com sua garra e coragem para mudar a situação que a nação estava.
                Agora ficam algumas perguntas no ar: Hoje os jovens estão compromissados para “resolver” os problemas da nação? E a música, que sempre foi instrumento primordial nos movimentos revolucionários, de que forma atua nos dias atuais? Ficou fácil expressar as ideias com o crescimento dos meios de comunicação?
              A geração atual, de uma forma generalizada, não está nem aí para as coisas que envolvem o país, o mundo gira em torno dos seus egos coloridos. E a música? Ah, a música é o combustível de tanta alienação, aliás, a alienação atual responde por vários nomes, como por exemplo: MTV, Restart, Cine... E por aí a fora. As músicas que tocam de forma constante nas rádios abastecem o melancolismo cego dessa geração que usa os meios de comunicação para adorar esse estilo de vida fútil, alimentando assim um ciclo sem fim, onde o país vai ficando cada vez mais “bonitinho” e “coloridinho” e as pessoas ainda morrem de fome e sem direito a educação.
             Essa geração precisa não agir identicamente como es gerações anteriores, mas ao menos enxergar os verdadeiros problemas da sociedade, perceber que as coisas estão de jeito que estão por conta exatamente disso tudo, dessa acomodação que os cega, dar “unfollow” nessa bagunça que se tornou a cultura. Os meios de comunicação deveria promover e excitar as pessoas ao seu próprio desenvolvimento cultural, quem sabe assim o Brasil não seria um pouco melhor.